Descubra os comportamentos que merecem atenção e ajude a prevenir ou libertar seu filho dessa doença.
A depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que causa uma alteração no humor, caracterizada por tristeza profunda e um forte sentimento de desesperança.
Desde os primórdios, essa doença tem sido parte da vida humana. Na Idade Média, era chamada de “melancolia” ou atribuída a um desequilíbrio espiritual. Com o tempo, passou a ser reconhecida como depressão, uma doença com sintomas padronizados e tratamentos específicos.
Com a pandemia de COVID-19, o isolamento social e as incertezas sobre o retorno à normalidade fizeram com que os casos de depressão aumentassem drasticamente, registrando um crescimento de 25% em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Após ler todas essas informações, você pode estar se perguntando:
“Michelle, como sei se estou apenas triste ou se estou com sintomas de depressão?”
A tristeza e a depressão têm causas, durações, intensidades e impactos funcionais totalmente diferentes. Vamos ilustrar isso:
Imagine que você acabou de terminar um relacionamento. É natural sentir-se triste, introspectivo e ter episódios de choro e nostalgia.
Esses sentimentos são proporcionais ao evento e geralmente diminuem com o tempo. Já na depressão, muitas vezes não há uma causa aparente. Os sintomas persistem, interferindo nas atividades diárias, e o mais preocupante: nenhum apoio emocional parece fazer diferença.
Para aqueles que ainda acreditam que depressão é apenas uma “frescura”, a ciência prova o contrário.
Como a depressão age no cérebro
A depressão causa desequilíbrios em neurotransmissores como a serotonina, norepinefrina e dopamina, que são fundamentais para regular o humor, a energia e o prazer.
É como se a fiação da nossa casa estivesse com problemas, recebendo apenas uma quantidade mínima de energia ou funcionando apenas parcialmente.
Além desses desequilíbrios químicos, outras áreas do cérebro também são afetadas, como o hipocampo, a amígdala e o córtex pré-frontal.
Isso se reflete externamente em sintomas como:
- Sentimentos persistentes de tristeza, desesperança e perda de interesse em atividades antes prazerosas;
- Diminuição da autoestima e sentimentos de culpa ou inutilidade;
- Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio;
- Insônia ou sono excessivo;
- Perda ou ganho de peso significativo.
A depressão é uma doença muito perigosa e deve ser tratada com seriedade.
Agora, a pergunta que não quer calar:
“Michelle, como essa doença pode afetar meu filho? Quais são os sintomas?”
Como a doença age na criança
Durante muito tempo a ideia de que crianças e adolescentes não eram afetadas pela depressão prevaleceu, já que aparentemente essa faixa etária não tinha problemas existenciais e era assumido que muitos especialistas acreditavam que a doença tinha a sua causa em problemáticas da vida.
Hoje em dia a área da saúde evoluiu e sabemos que as crianças estão tão vulneráveis à depressão quanto os adultos e ela é um distúrbio que deve ser encarado seriamente em todas as faixas etárias e classes sociais. Ela também afeta cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes do mundo.
A depressão infantil, assim como em adultos, também apresenta desequilíbrios em neurotransmissores e em outras partes do sistema neural. A grande diferença está nos sintomas e na dificuldade encontrada no momento do diagnóstico.
Mas, afinal, que sintomas são esses?
Sintomas de depressão na criança
Diagnosticar depressão em crianças é desafiador, pois os sintomas podem ser confundidos com desobediência, birra, mau humor, tristeza ou agressividade. O que diferencia a depressão das tristezas cotidianas é a intensidade, persistência e as mudanças nos hábitos normais das atividades da criança.
A doença frequentemente se manifesta após situações traumáticas, como a separação dos pais, mudança de escola, morte de um ente querido ou de um animal de estimação. Além disso, o uso excessivo de telas e a convivência com a tecnologia também são fatores que podem contribuir para a depressão.
Mesmo sendo difícil, é importante observar os seguintes sintomas em seu filho:
- Mudanças de humor: irritabilidade, raiva frequente, tristeza persistente e desesperança.
- Mudanças comportamentais: perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas, isolamento social, afastamento de amigos e familiares, dificuldades de concentração e queda no desempenho escolar.
- Sintomas emocionais: sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva e pensamentos de morte ou suicídio.
- Anormalidades na rotina: comportamentos regressivos, como voltar a molhar a cama, e aumento da sensibilidade à rejeição ou ao fracasso.
A depressão infantil deve ser diagnosticada por um profissional de saúde mental e o tratamento deve ser iniciado por ele. Além disso, podemos tomar algumas medidas em casa para ajudar na melhora ou evitar que esses sintomas se agravem.
O que nós, pais, podemos fazer?
Se você já tem um filho com depressão ou quer evitar que essa doença bata a sua porta, eu quero te apresentar alguns passos simples para executar aí na sua casa.
Ah, e se a criança estiver em algum tratamento, não tem problema tudo que será escrito aqui só vai melhorar ou afastar seu filho dessa doença.
Vamos lá:
- Exercício ao ar livre: escolha a atividade ou esporte favorito do seu filho e o leve para praticar em parques ou praças;
- Alimentação: procure manter a dieta da criança num nível saudável, contendo todas as proteínas e vitaminas necessárias;
- Limite o uso de telas: estabeleça um tempo determinado para as telas e monitore o conteúdo consumido.
- Elogie e reconheça: exalte os pontos positivos do seu filho e incentive hobbies e atividades.
Além desses passos, você blinda de uma vez o seu filho contra depressão e ansiedade.
Conheça o S.O.S Pais
Que pais não gostariam de ter o filho blindado contra as grandes doenças do século, como ansiedade e depressão?
Com a agitação da rotina, trabalho e tantas outras responsabilidades, as vezes escapam do nosso radar alguns sintomas e comportamentos que podem mostrar um problema de saúde mental.
Diante disso, é melhor que possamos evitar de uma vez que a depressão e ansiedade atinjam nossos filhos.
Foi pensando nisso que eu me mudei para o Canadá e lá, eu tive acesso aos estudos mais avançados em psicologia e neuropsicologia e desenvolvi o programa S.O.S Pais.
Nele, você aprende o passo a passo para lidar (e evitar) com a ansiedade e depressão infantil da forma correta para preservá-lo ao invés de prejudicá-lo.
Por meio desse texto de blog, eu te convido a blindar seu contra a depressão e ansiedade e lidar com a situação da melhor forma, salvando seu filho de uma doença terrível e que passa despercebida pela maioria dos pais.
O que fazer agora?
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Sobre a Michelle
Psicóloga há mais de 13 anos, Michelle também é mãe do Nicholas e do Christian, neuropsicóloga, especialista em educação infantil e membro da sociedade brasileira de psicologia, membro do Instituto de saúde mental infantil canadense e instrutora de certificação com reconhecimento do MEC.
Nos últimos anos, Michelle Bottrel já ajudou mais de 11.247 mães e pais a criar filhos bem-sucedidos.