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Se não pode gritar, bater ou castigar, o que eu faço?

Hoje é dia de falar sobre eles, os temidos chinelos, cintas de couro ou qualquer objeto que pareça bom para uma surra. A maioria das infâncias de antigamente tem uma cena com algum desses objetos.

Quem nunca ouviu aquela famosa frase: “Passa pra dentro ou você vai apanhar?”. A gente entrava para casa e mesmo assim não escapava de uma palmada ou outra. Pois é, a educação em casa era bem diferente do que vemos hoje.

Curiosamente, muitos de nós, pais, lembramos disso com saudosismo ou negamos qualquer tipo de trauma associado a essas experiências. Mas será que isso é verdade?

Vamos além: por que acreditamos que toda essa violência funciona?

Por que a chinelada “funcionava”?

Vamos começar admitindo que a educação baseada em palmadas parece funcionar. Espero que você não tenha caído nessa! Na verdade, esse método só funciona instantaneamente, e não há evidências científicas de que a violência eduque ou traga benefícios de alguma forma.

O que realmente acontece é que, quando a criança está sob ameaça ou sofre algum tipo de violência, o cérebro dela envia sinais que fazem parecer, externamente, que ela está obedecendo.

Funciona assim: quando uma criança percebe uma ameaça (como a possibilidade de apanhar), o corpo libera cortisol, o hormônio do estresse, preparando o corpo para uma resposta de “luta ou fuga”. A dopamina também entra em cena; a expectativa de evitar a dor (punição) pode liberar esse neurotransmissor, que está associado ao sistema de recompensa do cérebro. Embora normalmente ligado a recompensas positivas, a dopamina também pode ser liberada em situações de alívio, como evitar uma surra.

Apesar de parecer que a criança está obedecendo, nada de bom foi tirado daquele momento. A única coisa que fica é a memória de que, para evitar a dor, certos comandos precisam ser seguidos. No entanto, a criança não entende o motivo ou a importância disso, sem contar a enorme chance de esse efeito de memória acabar resultando em outra desobediência.

A grande verdade é que palmadas, castigos e ameaças não evoluem ninguém, todos esses métodos são capazes de gerar apenas uma coisa:

Danos.

Impactos de uma educação violenta

Com certeza você ou alguém que conhece tem uma surra memorável para contar numa roda de amigos. Culturalmente, achamos essas histórias divertidas, mas já parou para pensar por que isso foi tão marcante e ainda lembramos delas?

No Brasil, cerca de 70% das crianças apanham com frequência, o que aumenta a propensão a problemas de saúde mental e até física, dependendo da intensidade das surras.

Observando mais de perto, podemos identificar os seguintes impactos:

  • Agressividade: Crianças que apanham frequentemente podem exibir comportamentos mais agressivos, imitando o comportamento dos pais.
  • Obediência a curto prazo: As palmadas podem levar à obediência imediata, mas não ensinam autorregulação ou habilidades de resolução de problemas.
  • Medo e ansiedade: Palmadas frequentes podem causar medo e ansiedade, prejudicando a sensação de segurança da criança.
  • Desempenho acadêmico: Estresse crônico pode afetar a capacidade de concentração e aprendizado, impactando negativamente o desempenho acadêmico.
  • Resistência: Castigos severos podem levar à resistência e rebeldia, especialmente se a criança sentir que a punição é injusta.
  • Ressentimento: Castigos frequentes podem gerar sentimentos de ressentimento e revolta contra a figura de autoridade.
  • Desconexão emocional: Pode criar um distanciamento emocional entre pais e filhos, prejudicando o vínculo afetivo.
  • Foco na punição: A criança pode focar mais na punição do que no aprendizado de comportamentos adequados, impedindo um desenvolvimento saudável de habilidades de resolução de problemas.
  • Comportamento evasivo: Crianças ameaçadas frequentemente podem desenvolver comportamentos evasivos e aprender a mentir para evitar punições.
  • Ansiedade e estresse: Ameaças constantes podem levar a níveis elevados de ansiedade e estresse.
  • Insegurança: Crianças podem se sentir inseguras e sempre em estado de alerta, esperando a próxima ameaça.
  • Desenvolvimento emocional prejudicado: Crianças expostas a ameaças podem ter dificuldades em desenvolver inteligência emocional, como empatia e autorregulação.

Existe uma maneira melhor e mais eficaz de conquistar a obediência dos seus filhos, tornando o processo educacional agradável e permanente.

O método que seu filho merece

A humanidade evoluiu a fala, transformando-a em uma ferramenta poderosa e essencial na educação. Com a comunicação, podemos conquistar a obediência de nossos filhos de maneira positiva e eficaz.

Através da comunicação, podemos:

  • Usar o reforço positivo
  • Mostrar as consequências dos atos
  • Comunicar de forma clara e consistente
  • Dar oportunidade de escolha
  • Criar rotinas
  • Encorajar e ensinar sobre empatia

Vamos a alguns exemplos práticos?

Quando a criança não quer compartilhar:

  • Explique a importância: Fale sobre a importância de compartilhar e como isso faz os outros se sentirem.
  • Use o reforço positivo: Elogie quando ela compartilhar, reforçando o comportamento positivo.

Quando a criança faz birra:

  • Mantenha a calma: Não reaja com raiva. Diga calmamente que entende que ela está frustrada, mas que fazer birra não é a maneira de conseguir o que deseja.
  • Ofereça alternativas: Ajude a criança a expressar suas emoções de maneira mais adequada.

Quando a criança não quer fazer a lição de casa:

  • Explique as consequências: Discuta como não fazer a lição de casa pode afetar seu aprendizado e desempenho.
  • Estabeleça um horário regular: Crie um horário específico para fazer a lição de casa e ofereça suporte durante esse tempo.

Como mãe, eu reconheço que parar de gritar, bater ou castigar pode ser muito difícil, especialmente quando essa dinâmica já está enraizada na rotina da sua casa. Por isso, quero te apresentar uma ferramenta que pode fazer toda a diferença nesse momento.

A Ferramenta “Linguagem da obediência”

As crianças são movidas por suas emoções e graças a evolução da neurociência e da psicologia, existe você tem acesso a uma comunicação capaz de fazer seu filho obedecer de forma voluntária.

Essa ferramenta é a mesma utilizada nos desenhos animados, que as crianças passam boa parte do tempo assistindo. 

E depois de ter estudado muito, aplicado nos meus próprios filhos e estar colhendo os resultados, eu posso afirmar com toda certeza que essa ferramenta funciona! 

E como mãe e psicóloga infantil, eu não posso guardar essa descoberta só para mim.

Por meio deste artigo, eu convido você a fazer parte das mais de 11.247 mães e pais que realizaram o programa Linguagem da Obediência e hoje não são mais reféns de gritos para educar os seus filhos.

Grande beijo.

Michelle Bottrel

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Sobre a Michelle

Psicóloga há mais de 13 anos, Michelle também é mãe do Nicholas e do Christian, neuropsicóloga, especialista em educação infantil e membro da sociedade brasileira de psicologia, membro do Instituto de saúde mental infantil canadense e instrutora de certificação com reconhecimento do MEC.

Nos últimos anos, Michelle Bottrel já ajudou mais de 11.247 mães e pais a criar filhos bem-sucedidos.

Michelle Viegas Bottrel Psicóloga e Neuropsicóloga CRP04/46900

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