Não precisa mais se sentir culpada. Conheça essa solução prática!
Antes de qualquer coisa, respira fundo: se você não gosta de brincar com seu filho, isso não faz de você uma mãe ruim e muito menos significa que você não quer estar com ele.
A verdade é que nem todo adulto se diverte com jogos de faz de conta, bonecos ou carrinhos… E tá tudo bem. Isso não te afasta do seu filho e nem diminui o valor do tempo que vocês passam juntos.
Hoje, a ideia é transformar essa realidade em algo positivo:
- Entender por que é normal não curtir brincar,
- Descobrir novas formas de se conectar com seu filho,
- E deixar a culpa de lado, focando no que realmente importa.
Vamos nessa?
Tudo bem não gostar de brincar
Quando o assunto é esse, muitos pais acabam se olhando com culpa, como se houvesse algo de errado com eles. Mas é hora de trocar o julgamento por acolhimento.
A verdade é que existem motivos muito mais profundos e enraizados na nossa história e na nossa sociedade que explicam por que, às vezes, a vontade de brincar simplesmente não aparece.
Vamos entender juntos algumas dessas razões?
1. Falta de referência
Muitos pais de hoje cresceram com pais que não brincavam com eles. Eram mais rígidos, preocupados com trabalho e sustento. Ou seja, ninguém ensinou que brincar também é uma forma de amar e se conectar. Então, se ninguém nunca te mostrou, é natural que isso não venha com facilidade agora.
2. Excesso de cobrança
A geração atual de pais e mães vivem sob uma pressão absurda: tem que trabalhar, pagar contas, cuidar da casa, manter a saúde mental, o casamento, as redes sociais e ainda fazer “brincadeiras educativas” todos os dias? Ufa!
Quando estamos sobrecarregados, o brincar vira mais uma tarefa. E aí, perde o prazer.
3. Personalidade e estilo
Nem todo mundo tem um perfil brincalhão. Tem pai que prefere conversar, contar histórias e cozinhar junto. E tá tudo bem.
Não gostar de brincar não é sinônimo de não amar.
4. Questões emocionais ou traumas
Alguns pais têm bloqueios emocionais. Se foram crianças que não puderam brincar, que amadureceram cedo, ou que enfrentaram situações difíceis, podem ter dificuldades em se entregar a esse mundo lúdico hoje. É como se o corpo dissesse: “isso não é seguro”.
5. Medo de errar
Sabia que muitos pais evitam brincar porque sentem que não sabem fazer direito? Acham que vão entediar a criança, que não têm criatividade ou que vão ser “chatos”. E acabam se afastando por insegurança.
E depois que você se entende melhor, é natural querer se reconectar de um jeito leve e verdadeiro.
Então que tal descobrir novas formas de curtir momentos de qualidade com quem você ama?
Aqui vão algumas sugestões especiais, pensadas com carinho pra você!
Dicas para passar um tempo de qualidade com o seu filho
Nem todo momento com os filhos precisa ser de brincadeira, tempo de qualidade é sobre conexão, não sobre palhaçada. Aqui vão algumas ideias simples, reais e cheias de presença:
1. Conversas sinceras (mesmo que curtas)
Sente com seu filho e pergunte sobre o dia dele. Vale no carro, no banho ou enquanto cozinham. O importante é ouvir sem pressa e com o coração aberto.
2. Cozinhar juntos
Chame seu filho para ser seu ajudante na cozinha. Pode ser algo simples como lavar folhas, mexer a massa ou montar o prato. Isso gera memórias e autonomia.
3. Ler um livro ou inventar histórias
Mesmo que ele já saiba ler, ler juntos ainda é um carinho poderoso. Ou então, inventem uma história juntos cada um fala uma parte.
4. Envolver nas tarefas do dia
Transforme pequenas tarefas (como ir ao mercado ou arrumar o armário) em momentos compartilhados. Converse, brinque com o que surgir no caminho.
5. Passeios sem pressa
Dar uma volta no quarteirão, observar a natureza, visitar uma feirinha ou padaria a pé, o tempo juntos importa mais do que o destino.
E claro, mesmo nas atividades que a gente gosta, vai ter dias em que a vontade simplesmente não aparece.
Mas calma: isso é normal e não precisa virar culpa. Vamos conversar sobre como lidar com esses momentos com leveza e, principalmente, como comunicar isso de forma acolhedora para as nossas crianças.
Tá tudo bem dizer “não”
Nem sempre a gente está com energia para ser o adulto que gostaria de ser. E tudo bem. A vida adulta pesa, sim. O que não dá é pra fingir o tempo todo… e nem precisa.
Aqui vai uma forma honesta, respeitosa e acolhedora de lidar com isso com os filhos, sem machucar a conexão:
1. Nomeie o que você está sentindo, com simplicidade
As crianças entendem muito mais do que a gente imagina — o que elas precisam é de uma linguagem segura e direta.
Exemplo:
“Filho, eu gosto muito de brincar com você, mas hoje minha cabeça tá cheia de coisas do trabalho. Isso me deixa um pouco cansado, e preciso de um tempinho pra descansar.”
2. Proponha outra forma de estar junto
Mesmo que você não tenha energia para brincar de correr, construir ou inventar, você pode propor algo mais leve e ainda assim nutritivo para a relação.
Exemplo:
“Hoje eu não consigo brincar de pega-pega, mas a gente pode deitar juntinho e ver um desenho. Pode ser?”
3. Seja coerente com o que está dizendo
A pior frustração para uma criança não é ouvir um “não”, mas sim viver com um adulto imprevisível. Se você disse que está cansado, não vá mexer no celular rindo de stories. Isso quebra a confiança.
4. Mostre que o momento é passageiro
Deixe claro que o “não posso agora” não é um “não gosto de você”. Crianças precisam entender que o amor continua, mesmo nos dias difíceis.
Exemplo:
“Hoje meu corpo tá meio lento, mas amanhã a gente pode brincar daquele jogo que você ama. Me lembra, tá bom?”
Aproveitando o tema… a Páscoa está chegando!
Esse é um momento perfeito para criar memórias e curtir um tempo de qualidade com o seu filho.
E se, além disso, esse momento se tornasse ainda mais especial e inesquecível?
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A páscoa é um momento perfeito para passar um verdadeiro tempo de qualidade com o seu filho. Imagine ter esse momento sem birras ou nervosismo?
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Com carinho,
Michelle Bottrel
Sobre a Michelle
Neurocientista certificada no Canadá há mais de 14 anos, Michelle também é mãe do Nicholas e do Christian,especialista em educação infantil e membro do Instituto de saúde mental infantil canadense e instrutora de certificação com reconhecimento do MEC.
Nos últimos anos, Michelle Bottrel já ajudou mais de 22.954 mães e pais a criar filhos bem-sucedidos.
