Saiba como criar filhos fortes, obedientes e bem-sucedidos.
Se você acha que educar é algo instintivo, sinto te dizer que essa ideia já caiu por terra faz tempo. Quem já é responsável por uma criança sabe o quanto isso dá trabalho.
A educação parental, como conhecemos hoje, começou a ganhar força nos anos 60 e 70, impulsionada por movimentos sociais e novas teorias que colocavam os pais como participantes ativos na educação dos filhos. O objetivo? Ajudar os pais a criar um ambiente seguro e construir uma relação forte com seus filhos.
Mas, e antes disso? Era uma bagunça?
Não exatamente. Mas não havia uma preocupação real sobre o impacto que a forma de educar teria na vida daquela criança, nem sobre o que ela poderia consumir ou vivenciar.
A história da educação parental é relativamente recente, e por isso, quero te apresentar três tipos de educação e compartilhar qual é a minha favorita e o porquê.
Então, sem mais delongas, vamos lá.
Educação Autoritária
Esse é o tipo de criação que a maioria de nós, ou de nossos pais, experimentou. As ameaças clássicas, como “Entra pra dentro, senão você vai apanhar!”, são a marca registrada da educação autoritária.
A educação autoritária é um estilo em que os pais ou responsáveis exercem um controle rígido sobre os filhos, focando na obediência, disciplina e ordem.
Aqui estão algumas características comuns desse tipo de educação:
- Regras rígidas: Os pais estabelecem regras e expectativas claras, que raramente são explicadas ou justificadas para a criança. O foco é seguir as regras sem questionar.
- Pouca flexibilidade: Não há muita margem para negociações. As regras são geralmente fixas, e as consequências por não segui-las são severas.
- Falta de diálogo: A comunicação é unilateral. Os pais dão ordens e esperam que sejam cumpridas sem discussão. As opiniões e sentimentos das crianças são pouco valorizados.
- Punições severas: As punições em um ambiente autoritário tendem a ser rigorosas, podendo incluir castigos físicos, retirada de privilégios ou humilhação. O objetivo é garantir a conformidade às regras, muitas vezes por meio do medo.
- Alto controle, baixo suporte: Apesar de controlarem fortemente o comportamento da criança, há pouco apoio emocional. A relação entre pais e filhos pode ser distante e fria.
Com tanta rigidez, os resultados dessa educação muitas vezes são adolescentes e adultos com baixa autoestima, medo de falhar, falta de autonomia, dificuldades de relacionamento e, em alguns casos, rebeldia ou passividade. E esse, definitivamente, não é o estilo que eu mais recomendo.
Vamos para o próximo.
Educação Permissiva
Se na educação autoritária “nada pode”, na permissiva “tudo é permitido”. A educação permissiva é um estilo de criação em que os pais ou responsáveis são muito indulgentes e tendem a impor poucos limites ou regras aos filhos.
Aqui está uma visão desse estilo de educação:
- Poucas regras e limites: Pais permissivos estabelecem poucas regras e raramente impõe limites ao comportamento dos filhos. A disciplina é leve ou inexistente, e a criança tem muita liberdade para fazer o que quiser.
- Alta liberdade, baixa estrutura: As crianças têm liberdade para tomar suas próprias decisões, mesmo em áreas que exigem orientação. A estrutura familiar é flexível, e as rotinas podem ser inconsistentes.
- Foco no prazer imediato: Os pais tendem a ceder aos desejos e vontades da criança, muitas vezes para evitar conflitos ou mantê-la feliz. Isso pode resultar em gratificação imediata, sem considerar as consequências a longo prazo.
- Alta responsividade, baixas exigências: Embora sejam carinhosos e afetuosos, os pais permissivos têm poucas expectativas em relação ao comportamento ou desempenho dos filhos. Eles evitam confrontos e preferem agradar a criança a impor disciplina.
- Pouca supervisão: Pais permissivos podem ser negligentes em supervisionar as atividades e o comportamento dos filhos, confiando que eles aprenderam por conta própria.
Podemos concordar que nada em excesso é bom. Ser rígido demais pode causar danos terríveis ao futuro adolescente e adulto, mas ser permissivo demais também resulta em falta de autocontrole, baixa tolerância à frustração, dificuldades em relacionamentos, comportamento egocêntrico e baixo desempenho escolar.
Então, essa também não é uma abordagem que eu recomendo.
Educação Consciente
Finalmente, chegamos ao modelo de educação parental que combina amor, limites e transforma a obediência em uma conquista. Já deu para perceber que este é o meu favorito, certo? É a abordagem que recomendo a todas as mães e responsáveis que me acompanham.
E por que essa é a minha escolha?
Pelos pilares da educação construtiva:
- Aprendizado ativo: A educação consciente valoriza a participação ativa das crianças no processo de aprendizado. Em casa, por exemplo, podemos envolver nossos filhos no preparo de uma refeição, como fazer um bolo, ou até em atividades como pendurar um quadro na parede. Essas experiências proporcionam um aprendizado único, permitindo que eles adquiram conhecimento de forma prática e significativa.
- Usar o Lúdico: Está comprovado cientificamente que, ao explicar ou ensinar algo para nossos filhos, a maneira mais eficaz é adaptar a informação à realidade deles, ajustando conforme o nível de entendimento da criança. Por exemplo, se queremos ensinar que pegar objetos sem permissão é errado, podemos usar desenhos animados ou situações do cotidiano deles para ilustrar a lição.
- Respeito ao ritmo da criança: Cada criança é única e aprende no seu próprio ritmo. Por exemplo, o processo de aprender a ler acontece em tempos diferentes para cada criança. Evite reprimir ou brigar com seu filho por ele ainda não ter conseguido, enquanto o filho da vizinha já o fez. Isso não significa nada além de que o tempo do seu filho é diferente. Respeitar esse ritmo é fundamental para o desenvolvimento saudável dele.
- Erro como parte do aprendizado: Os erros são vistos como oportunidades de aprendizado, não como falhas. Um ótimo exemplo é quando a criança derruba um copo ou prato. É comum que ela fique preocupada com as consequências desse acidente, mas esse é o momento ideal para incentivar seu filho a entender o que aconteceu e continuar dando a ele a chance de manejar os próprios utensílios.
- Ambiente de aprendizado: O ambiente físico e social deve ser cuidadosamente planejado para apoiar o aprendizado construtivo. Mantenha as roupas, brinquedos, garrafinha de água e outros utensílios do dia a dia ao alcance do seu filho. Isso o ajuda a desenvolver independência e a entender que a organização das coisas também é responsabilidade dele.
Com a educação consciente, não há excesso de autoridade nem de liberdade. Os limites são estabelecidos com amor, respeitando e entendendo o ponto de vista da criança.
Agora, me conte: você se interessou pela educação consciente, mas não sabe por onde começar ou quais ferramentas podem ajudar nesse processo?
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Com técnicas avançadas, diretamente do Canadá, você vai aprender passo a passo a implementar limites eficazes e a se tornar um verdadeiro Mestre da Obediência. Isso significa que você não precisará mais repetir incansavelmente as mesmas instruções. Seus filhos compreenderão e respeitarão os limites estabelecidos.
Eu te convido a se juntar às mais de 11.247 mães e pais que já transformaram sua abordagem de educação com o Mestres da Obediência e deixaram para trás a educação autoritária e permissiva.
Grande beijo.
Michelle Bottrel
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Sobre a Michelle
Psicóloga há mais de 13 anos, Michelle também é mãe do Nicholas e do Christian, neuropsicóloga, especialista em educação infantil e membro da sociedade brasileira de psicologia, membro do Instituto de saúde mental infantil canadense e instrutora de certificação com reconhecimento do MEC.
Nos últimos anos, Michelle Bottrel já ajudou mais de 11.247 mães e pais a criar filhos bem-sucedidos.