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A influência dos videogames no comportamento infantil

Quem aqui se lembra das primeiras gerações de videogames? Ah, que nostalgia! Era uma diversão sem fim. Como era bom passar a tarde toda jogando Mario no Super Nintendo.  E quando o Playstation 1 chegou ao Brasil? A conquista dos games estava definitivamente firmada entre os brasileiros.

Os videogames surgiram com um propósito claro: proporcionar entretenimento e diversão, enquanto desafiavam nossas habilidades, como raciocínio, coordenação motora, estratégia, criatividade e até colaboração.

Ou seja, o intuito era puro e ainda promovia desenvolvimento. Mas, o que será que aconteceu ao longo do tempo para que os jogos passassem a ser apontados como influenciadores de comportamentos nocivos, a ponto de precisarmos ficar atentos ao que nossos filhos consomem?

Como os jogos influenciam nossos filhos

Com a evolução da tecnologia, os jogos se tornaram cada vez mais sofisticados, influenciando e viciando crianças e adolescentes de diversas maneiras, principalmente pela forma como interagem com o cérebro e as emoções.

Vamos exemplificar isso:

Um casal decide presentear seu filho de 10 anos com um computador gamer e R$100,00 para ele gastar como quiser. Ao navegar pela internet, ele descobre um jogo chamado Call of Duty, instala e começa a jogar todos os dias, por horas a fio, sem conseguir parar.

Isso acontece por conta de alguns fatores-chave:

🎮Recompensa e Dopamina: Jogos ativam o sistema de recompensa do cérebro, liberando dopamina, o “neurotransmissor do prazer”. Cada vez que a criança vence uma fase ou desbloqueia algo no jogo, seu cérebro libera essa substância, criando uma sensação de satisfação que faz com que ela queira repetir a experiência.

🎮Imediatismo e Gratificação Instantânea: Diferente da vida real, onde as conquistas exigem paciência, nos jogos as recompensas são imediatas — vencer, ganhar pontos ou subir de nível — o que condiciona a criança a buscar esse prazer rápido, dificultando a tolerância a frustrações.

🎮Metas e Desafios Contínuos: Jogos mantêm os jogadores engajados através de desafios e metas sucessivas. Sempre há algo novo a ser conquistado, criando a mentalidade de “só mais uma vez”, tornando difícil interromper a jogatina.

🎮 Competição e Pressão Social: Em jogos online, a competição com outros jogadores aumenta o desejo de se destacar e melhorar as habilidades. Esse ambiente social pode gerar uma pressão para passar mais tempo jogando, especialmente para se manter no topo de rankings ou ser relevante na comunidade do jogo.

🎮Evasão da Realidade: Muitas crianças usam os jogos como forma de escapar de problemas emocionais, como ansiedade ou estresse. No ambiente virtual, elas têm controle total e podem evitar frustrações da vida real, o que pode ser perigoso quando se torna uma fuga constante.

🎮Progressão e Microtransações: A progressão em jogos muitas vezes é ligada a recompensas que podem ser compradas dentro do jogo (microtransações). Isso cria um ciclo onde a criança sente que precisa jogar ou gastar para progredir, alimentando ainda mais o vício.

Com tantos estímulos e recompensas rápidas, não é difícil que crianças como a do nosso exemplo fiquem viciadas nesses jogos, tornando-se incapazes de se desconectar e enfrentando dificuldades para lidar com a realidade. Esse comportamento pode desencadear transtornos como ansiedade, depressão e até agressividade.

Aqui vai um alerta sobre os jogos que exigem atenção e controle por parte dos pais, dependendo da faixa etária da criança!

Jogos para NÃO dar ao seu filho

Mesmo com as faixas etárias definidas, ao permitir que seu filho jogue qualquer um desses títulos, é fundamental ficar atento a interações suspeitas, sinais de vício e possíveis impactos na saúde mental.

Aqui está uma análise das classificações e os motivos para cada jogo:

🎮Call of Duty
Faixa Etária: A partir de 17-18 anos.
Motivo: Violência intensa, sangue, linguagem forte e temas de guerra realista.

🎮League of Legends
Faixa Etária: A partir de 13 anos.
Motivo: Violência de fantasia e batalhas, mas com menos intensidade gráfica.

🎮GTA (Grand Theft Auto)
Faixa Etária: A partir de 17-18 anos.
Motivo: Conteúdos adultos, violência extrema, linguagem forte, uso de drogas e crimes.

🎮Resident Evil
Faixa Etária: A partir de 17-18 anos.
Motivo: Terror, violência gráfica, sangue e conteúdo adulto.

🎮Roblox
Faixa Etária: A partir de 10 anos (depende dos jogos dentro da plataforma).
Motivo: A plataforma é ampla, com conteúdos criados por usuários. Alguns jogos podem incluir violência leve ou moderada de forma inadequada.

🎮Minecraft
Faixa Etária: A partir de 7-10 anos.
Motivo: Violência leve e fantasia, sendo educativo e criativo na maioria dos casos.

🎮Among Us
Faixa Etária: A partir de 10 anos.
Motivo: Dedução social e assassinato sem violência gráfica explícita.

🎮Five Nights at Freddy’s
Faixa Etária: A partir de 12 anos.
Motivo: Jumpscares e terror psicológico, sem violência gráfica explícita.

🎮The Sims
Faixa Etária: A partir de 12-13 anos.
Motivo: Simulação de vida com temas de relacionamento, e em alguns casos, conteúdo leve de violência ou insinuações.

🎮Free Fire
Faixa Etária: A partir de 12-13 anos.
Motivo: Violência de fantasia em batalhas de tiro, mas sem sangue ou violência gráfica extrema.

Mesmo com todos os cuidados, sabemos que a tecnologia faz parte da vida dos nossos filhos. Não precisamos evitar completamente esse universo, mas podemos definir limites e permitir o entretenimento de forma saudável.

Vamos descobrir como fazer isso:

Como evitar que nossos filhos fiquem viciados em jogos

O que vou compartilhar aqui vale tanto para mães, pais e responsáveis que querem introduzir jogos de forma saudável na rotina dos filhos quanto para quem busca cortar o vício nos jogos:

  • Defina limites claros de tempo de tela;
  • Acompanhe o tipo de jogo que seu filho está jogando. Prefira jogos educativos ou que incentivem o pensamento crítico, em vez daqueles que são apenas de ação;
  • Ofereça alternativas de entretenimento, como atividades físicas ou hobbies offline;
  • Estimule pausas regulares para evitar longas maratonas de jogos.

Com pequenos passos, é possível eliminar o vício e garantir que os jogos sejam usados de forma saudável e equilibrada.

Além disso, tenho uma ferramenta poderosa que pode ajudar mães, pais e responsáveis a cuidar do desenvolvimento das crianças de maneira ainda mais eficaz.

Conheça o programa Arquitetos do amanhã

Eu costumo dizer que nós, pais, somos os “arquitetos do amanhã” para nossos filhos. Temos o poder de moldar não apenas o futuro deles, mas também a nossa relação com eles.

Como psicóloga e neuropsicóloga, posso afirmar que educar adolescentes nessa era digital, de computador e celular é completamente diferente de educar há 30 anos. Por isso, nós, pais, precisamos repensar nossa abordagem e educar de maneira diferente, ou acabaremos vivendo em constante conflito com nossos filhos.

Se você deseja melhorar a relação com seus filhos e criá-los fortes e prósperos, basta se  inscrever na Formação de Pais Arquitetos do Amanhã. Nela, você encontrará as 6 ferramentas essenciais da parentalidade, que te guiarão passo a passo para criar filhos resilientes e bem-sucedidos na era digital, melhorando naturalmente sua relação com eles.

Grande beijo.

Michelle Bottrel

Sobre a Michelle

Psicóloga há mais de 13 anos, Michelle também é mãe do Nicholas e do Christian, neuropsicóloga, especialista em educação infantil e membro da sociedade brasileira de psicologia, membro do Instituto de saúde mental infantil canadense e instrutora de certificação com reconhecimento do MEC.

Nos últimos anos, Michelle Bottrel já ajudou mais de 11.247 mães e pais a criar filhos bem-sucedidos.

Michelle Viegas Bottrel Psicóloga e Neuropsicóloga CRP04/46900

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