Saiba a melhor maneira liberar as telas para o seu filho
Os anos 2000 trouxeram uma inovação inesquecível: a era dos smartphones. Com eles, tivemos acesso a funcionalidades como bloco de notas, calendário e, com o tempo, assistimos ao boom dos aplicativos.
Lembra dos clássicos celulares “flip flop” da Motorola? Aqueles que, ao receber uma ligação, tocavam o famoso “Hello, Moto!”? Hoje em dia, o celular parece um item de sobrevivência. Mas, com tantas inovações, novos problemas também apareceram.
Uma pesquisa do Grupo Panorama revelou que 37% das crianças de 10 a 12 anos passam quatro horas ou mais no celular. Isso acende um alerta para nós, pais: o vício em telas já é uma realidade para as crianças, e precisamos ficar atentos aos impactos desse hábito para ajudá-las a usar a tecnologia com equilíbrio.
O custo do vício em telas
Imagine a cena:
Seu filho de 10 anos chega da escola, corre para pegar o celular e passa horas jogando, conversando nas redes sociais e vendo vídeos. As conversas com a família diminuem, ele está constantemente irritado e tem dificuldade para dormir.
Pode parecer uma fase e que o melhor é não interferir. Ele continua nessa rotina, cada vez mais isolado e pouco comunicativo.
Um dia, a luz acaba e, sem bateria no celular, ele tem um surto de agressividade. O aparelho se torna essencial para que ele volte ao normal.
Esse é um exemplo claro dos sinais da nomofobia, um transtorno ligado ao vício em telas, no qual crianças passam horas imersas nos dispositivos e sentem extrema dificuldade em ficar sem eles.
O impacto pode ser sério: muitas crianças e adolescentes começam a desenvolver ansiedade, depressão e até comportamentos agressivos, resultando em isolamento da família e pouca comunicação.
Como pais, não queremos que essa seja a realidade de nossos filhos, mas também não podemos impedir que a tecnologia faça parte de suas vidas. Então, como introduzi-la de forma segura e no tempo certo?
Saiba a melhor maneira liberar as telas para o seu filho
Para garantir um desenvolvimento saudável para nossas crianças, mesmo com o uso de telas, precisamos de um planejamento cuidadoso e atenção aos sinais de comportamento.
Confira o cronograma ideal para introduzir as telas de forma saudável:
Idade recomendada: A Academia Americana de Pediatria recomenda evitar telas para crianças menores de 18 meses, exceto para videochamadas. A partir dos 2 anos, é possível introduzir telas, sempre com moderação e supervisão.
Comece com tempos curtos: Evite expor a criança a uma hora inteira de tela de uma só vez. Experimente intervalos curtos, como 20 minutos, para manter o equilíbrio.
Escolha conteúdos apropriados: Prefira vídeos e aplicativos educativos, que incentivem o aprendizado e a curiosidade, ensinando conceitos como cores, letras e habilidades sociais.
Limite o tempo: Para crianças de 2 a 5 anos, limite o uso a uma hora por dia. À medida que elas crescem, aumente o tempo gradativamente, equilibrando com atividades físicas e interações sociais.
Acompanhe o uso: Sempre que possível, assista ou jogue junto com a criança. Isso permite contextualizar o conteúdo, interagir e incentivar conversas sobre o que estão vendo ou aprendendo.
Estabeleça horários sem telas: Defina momentos e locais livres de telas, como nas refeições, antes de dormir ou em momentos em família. Isso ajuda a criança a desenvolver rotinas sem a presença das telas.
Escolha conteúdo interativo: Opte por jogos e aplicativos que estimulem o raciocínio e a solução de problemas, proporcionando uma experiência mais enriquecedora.
Observe o comportamento da criança: Preste atenção aos sinais: ela continua sociável? Apresenta comportamentos agressivos? Está dormindo bem? Essas observações são fundamentais para avaliar o impacto das telas.
Use ferramentas de apoio: Além de seguir essas orientações, existem ferramentas que podem ajudar você a criar filhos mais inteligentes e equilibrados, prontos para um mundo cheio de tecnologia.
Por isso, quero apresentar um programa que já transformou a vida de mais de 10 mil mães em todo o Brasil! Ele ajuda a desenvolver a inteligência e o potencial dos nossos filhos, incentivando cada criança a ser sua melhor versão para o mundo.
Conheça o programa Arquitetos do amanhã
Eu costumo dizer que nós, pais, somos os “arquitetos do amanhã” para nossos filhos. Temos o poder de moldar não apenas o futuro deles, mas também a nossa relação com eles.
Como psicóloga e neuropsicóloga, posso afirmar que educar adolescentes nessa era digital, de computador e celular é completamente diferente de educar há 30 anos. Por isso, nós, pais, precisamos repensar nossa abordagem e educar de maneira diferente, ou acabaremos vivendo em constante conflito com nossos filhos.
Se você deseja melhorar a relação com seus filhos e criá-los fortes e prósperos, basta se inscrever na Formação de Pais Arquitetos do Amanhã. Nela, você encontrará as 6 ferramentas essenciais da parentalidade, que te guiarão passo a passo para criar filhos resilientes e bem-sucedidos na era digital, melhorando naturalmente sua relação com eles.
Grande beijo.
Michelle Bottrel
Sobre a Michelle
Psicóloga há mais de 13 anos, Michelle também é mãe do Nicholas e do Christian, neuropsicóloga, especialista em educação infantil e membro da sociedade brasileira de psicologia, membro do Instituto de saúde mental infantil canadense e instrutora de certificação com reconhecimento do MEC.
Nos últimos anos, Michelle Bottrel já ajudou mais de 11.247 mães e pais a criar filhos bem-sucedidos.