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Como construir a autoestima do seu filho

Vamos começar explicando o que nós acreditamos significar autoestima. Ela é a qualidade de quem se valoriza e está contente com o seu modo de ser, se expressar e viver.

Além de fatores externos, como criação, estilo de vida, ideologias e etc, algo que tem um peso significativo em como enxergamos a nossa autoestima, é nossa visão sobre si. Nós olhamos para dentro do nosso eu e fazemos uma avaliação subjetiva do que achamos bom ou ruim, feio ou bonito e até mesmo legal ou desinteressante.

E por mais que não pareça, esse pequena autoavaliação acaba norteando muita coisa na nossa vida, como por exemplo:

Quando você decide frequentar a academia ou se presentear com algo especial, essas decisões são baseadas no quanto você se preocupa com seu bem estar e também te levam aumentar aquela palavrinha que está na moda, o amor próprio.

Mas, calma, a autoestima não fica só no campo sentimental ou das ideias, ela também depende do nosso organismo para se formar.

O que é autoestima para o nosso organismo

Existe uma estrutura  no nosso cérebro chamada hipocampo, ela é responsável por formar, organizar e armazenar novas memórias, além de conectar certas sensações e emoções a essas memórias.

“Tá, Michelle e o que isso tem a ver com autoestima?”

É simples, se essa estrutura armazena as nossas memórias, é de lá que vamos obter todas as informações para uma autoavaliação e a partir daí, desenvolver uma autoestima. As coisas que nos disseram, como fomos educados e as nossas crenças, estão todas muito bem guardadas no nosso hipocampo.

“Então, quer dizer que eu estou construindo a autoestima do meu filho nesse momento?”

Exatamente! 

Isso nos leva para uma parte central deste artigo, tudo que está sendo dito, feito ou sinalizado por você e por quem compõe a educação do seu filho está contando e muito para o futuro adulto que ele será.

Impactos de uma autoestima não construída

Atire a primeira pedra quem nunca ouviu a frase “Se você não gostar de você, ninguém vai gostar”.  Essa frase tem dois lados muito significativos, hoje vamos lidar com o fato de que o amor próprio e a autoestima não nascem do nada quando completamos 18 anos.

Quando acreditamos na falácia de que nossos filhos conseguiram saber sozinhos o quanto eles são especiais, bons em alguma coisa ou até quais são os seus melhores traços físicos apenas por entrar na idade adulta, estamos criando mais um adulto que tende a ter problemas psicológicos no futuro.

Uma adulto com baixa autoestima está propenso a minar negativamente cada aspecto de sua vida, como por exemplo:

  • Relações Interpessoais: dificuldades em estabelecer e manter relacionamentos saudáveis. Indivíduos podem se tornar excessivamente dependentes, buscar constante validação ou, ao contrário, evitar relacionamentos por medo de rejeição.
  • Desempenho Profissional: no ambiente de trabalho, a baixa autoestima pode resultar em um desempenho inferior ao potencial, medo de assumir responsabilidades, e dificuldade em lidar com críticas. 
  • Problemas de Saúde Física: pode contribuir para problemas de saúde física, incluindo distúrbios alimentares, insônia e condições relacionadas ao estresse crônico, como hipertensão e doenças cardíacas.

Se você está preocupado(a) em talvez estar contribuindo para um futuro parecido com esse, eis alguns sintomas para você se atentar se estão acontecendo aí na sua casa.

Sintomas de baixa autoestima em crianças

É comum que a baixa autoestima infantil não seja algo gritante, pois, muitas crianças não conseguem traduzir sentimentos em palavras.

Porém ainda podemos enxergar algumas falas e comportamentos que podem facilmente nos indicar que algo está acontecendo, como:

  • Relutância em tentar novas atividades ou evitar situações desafiadoras: A criança pode demonstrar medo de falhar ou de ser ridicularizada, preferindo ficar na zona de conforto a assumir o risco de cometer erros.
  • Autocrítica excessiva e negatividade em relação a si mesma: Crianças com baixa autoestima muitas vezes se descrevem com palavras negativas e podem destacar suas falhas em vez de suas conquistas.
  • Dificuldades em lidar com a frustração: São propensas a desmoronar emocionalmente diante de obstáculos ou críticas, apresentando reações intensas a situações que não saem como desejado.
  • Comportamentos de retirada social: Algumas podem se tornar retraídas ou isoladas, preferindo não participar em atividades grupais ou interações sociais.
  • Performance escolar inconsistente: A qualidade do trabalho escolar pode variar significativamente, muitas vezes como resultado de crenças internas de não serem capazes ou inteligentes o suficiente.
  • Preocupação excessiva com o que os outros pensam: Essas crianças muitas vezes buscam aprovação externa e podem ser extremamente sensíveis à percepção dos seus colegas ou adultos.

Esses sintomas parecem familiar para você? O que fazer se esse for o seu caso? Ainda dá tempo de ajustar?

Como melhorar a autoestima do seu filho

A autoestima da criança é algo muito sensível, delicado e está no seu momento primário de construção. Mas, ainda sim, se esse momento não começou da melhor maneira, é possível por meio de pequenos passos melhorar o que foi construído e continuar fazendo certo daqui pra frente.

Conheça os passos:

  • Estabeleça rotinas claras: crianças se sentem mais seguras quando sabem o que esperar. Mantenha horários regulares para refeições, tarefas domésticas, e hora de dormir.
  • Encoraje a independência: permita que a criança escolha entre opções limitadas, como a roupa que vai vestir ou o lanche que vai comer. Isso ajuda a desenvolver suas habilidades de tomada de decisão.
  • Incentive o esforço: valorize o esforço da criança em vez de focar apenas nos resultados. Elogie a persistência e a vontade de tentar, independente do sucesso.
  • Proponha atividades adequadas à idade: ofereça tarefas que a criança possa realizar com sucesso, aumentando gradualmente a complexidade à medida que ela desenvolve competências.
  • Estabeleça expectativas realistas: evite colocar pressão excessiva com expectativas muito altas. As crianças precisam de desafios, mas também de espaços para errar e aprender.
  • Demonstre confiança: mostre que você acredita nas capacidades dela. Ao confiar pequenas responsabilidades, você transmite a mensagem de que ela é capaz.
  • Sirva de Modelo: Lembre-se de que as crianças aprendem observando. Se mostrar confiança e autonomia em suas ações, seu filho tenderá a espelhar esse comportamento.
  • Dialogue: converse sobre sentimentos e frustrações, ouça atentamente e valide suas emoções. Isso fortalece a confiança emocional da criança.

“Ok, Michelle, mas eu não consigo dialogar com o meu filho, ele sempre me ignora”

Conheça a linguagem emocional

As crianças são movidas por suas emoções e graças a evolução da neurociência e da psicologia, existe você tem acesso a uma comunicação capaz de fazer seu filho obedecer de forma voluntária.

Essa ferramenta é a mesma utilizada nos desenhos animados, que as crianças passam boa parte do tempo assistindo. 

E depois de ter estudado muito,aplicado nos meus próprios filhos e estar colhendo os resultados, eu posso afirmar com toda certeza que essa ferramenta funciona! 

E como mãe e psicóloga infantil, eu não posso guardar essa descoberta só para mim.

Por meio deste artigo, eu convido você a fazer parte das mais de 11.247 mães e pais que realizaram o programa Linguagem da Obediência e hoje não são mais reféns de gritos para educar os seus filhos.

Grande beijo.

Michelle Bottrel

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Sobre a Michelle

Psicóloga há mais de 13 anos, Michelle também é mãe do Nicholas e do Christian, neuropsicóloga, especialista em educação infantil e membro da sociedade brasileira de psicologia, membro do Instituto de saúde mental infantil canadense e instrutora de certificação com reconhecimento do MEC.

Nos últimos anos, Michelle Bottrel já ajudou mais de 11.247 mães e pais a criar filhos bem-sucedidos.

Michelle Viegas Bottrel Psicóloga e Neuropsicóloga CRP04/46900

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