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Como impor limites quando seu filho já não te respeita mais

Saiba como conseguir respeito e obediência do seu filho, mesmo que essa não seja a sua realidade há muito tempo.

A palavra respeito significa consideração, estima, reverência, obediência e até mesmo temor. Hoje, muito se fala sobre respeitar a si mesmo e reconhecer os próprios limites, fazendo com que a prática de cultivar uma boa saúde mental seja cada vez mais ampliada.

Isso é maravilhoso numa sociedade tão tecnológica e com tão pouca interação social como a nossa. Mas, e quanto aquele respeito que desenvolvemos por outro ser humano?

Como acontece? É algo que nasce com a gente? Simplesmente sabemos a quem devemos respeito?

As respostas a essas perguntas podem te surpreender.

Como desenvolvemos respeito? 

Você com certeza já ouviu alguém soltar aquela famosa frase, “Eu não respeitava, eu tinha medo”. Essa sentença é 100% verdadeira, pois mesmo que respeito signifique temer, esse sentimento não leva ninguém a ter consideração ou reverência.

Carl Rogers, um dos fundadores da psicologia humanista, afirma que uma das maneiras de desenvolver respeito pelo outro, é por meio da empatia, sentimento que ajuda positivamente a criar uma conexão genuína e respeitosa.

John Gottman, especialista em relacionamentos, sugere uma comunicação aberta e honesta, sem julgamentos.

Ou seja, o respeito está diretamente ligado ao tipo de relação que você tem com o outro e as atitudes que você preza ter naquele relacionamento.

Mas, e como funciona com os nossos filhos? 

Elas já nascem nos respeitando, pois somos pais?

Respeito na visão da criança

Em um projeto de uma escola musical, foi perguntado a uma criança “o que é respeito?” E ela respondeu: “Respeitar as pessoas é bom porque respeito gera respeito, quando você respeita algo a pessoa vai entender que você está respeitando ela e por isso ela vai te respeitar e quando alguém te respeita você devolve com respeito”.

Essa fala traduz o que muitos especialistas entendem como respeito para a criança. Assim como os adultos, elas desejam empatia, regras e comunicação sem ofensas.

Sim! Regras. Elas também são interpretadas com sinal de respeito e ajudam as crianças a reconhecer limites, os dela e os dos outros.

A essa altura do campeonato você deve estar se perguntando:

“Michelle, porque meu filho não me respeita? Eu tentei impor regras e me comunicar”

Por que meu filho não me respeita?

Eu sei, eu sei… Você fala claramente, repete as regras todos dias, insiste em ser ouvida, mas dificilmente tem resultado.

Mas, como foi dito lá em cima, o respeito vem da empatia. Muitos filhos não querem respeitar os pais, pois sentem que suas emoções não estão sendo validadas, sem contar que a comunicação costuma ser com gritos e ordens expressas.

É como se seu chefe tivesse te dado uma ordem de forma imperativa e ríspida, sem te explicar o motivo, talvez você acate a ordem por temor de perder o emprego ou talvez você exija respeito.

Como não há inteligência emocional totalmente desenvolvida para exigir respeito, nossos filhos normalmente desobedecem ou partem para atitudes primitivas (gritar, jogar objetos e até discutir).

Para nós pais, pode até parecer que está tudo bem, mas talvez seu filho não esteja se sentido tratado de forma justa.

Então, o que fazer agora que o respeito não existe mais?

Como colocar limites quando tudo parece perdido?

Calma. Mesmo que a sua relação com seu filho esteja difícil e a obediência pareça um sonho distante, ainda é possível construir um relacionamento respeitoso que resulte em obediência.

Como nenhuma mudança significativa acontece de imediato, vou deixar aqui alguns passos aqui para melhorar a sua relação com seu filho e ainda conseguir impor limites:

  • Saia da disputa de poder: você é o adulto da relação, suas responsabilidades e condições neurológicas são maiores. Você é a única capaz de resolver o conflito.
  • Treine a habilidade da escuta: preste atenção no que seu filho está dizendo e quais razões ele apresenta. Quais “sim ‘s” ele está disposto a dar.
  • Reconheça a emoção: dê legitimidade aos sentimentos da criança, mostre compreender o que ele está sentido.
  • Explique o motivo das coisas: saia da fase “robozinho” e explique o sentido do que você está pedindo.

Você ainda pode juntar esses passos com a linguagem emocional, mudando totalmente a sua relação parental.

Como usar uma linguagem emocional com os seus filhos

Você pode estar pensando: “Eu não sei nem se os pequenos passos vão dar certo, porque confiar em linguagem emocional”.

Os pequenos passos que foram informados vão fazer com que você dê início a uma jornada sólida de obediência e respeito.

Mas, só esses recursos não serão suficientes para mudar completamente a situação.

Precisamos pensar nas próximas etapas da infância e como é importante que agora, a educação do seu filho não seja a base de gritos, castigos ou chantagens.

As crianças são movidas por suas emoções e graças a evolução da neurociência e da psicologia, existe você tem acesso a uma comunicação capaz de fazer seu filho obedecer de forma voluntária.

Essa ferramenta é a mesma utilizada nos desenhos animados, que as criançaspassam boa parte do tempo assistindo. 

E depois de ter estudado muito,aplicado nos meus próprios filhos e estar colhendo os resultados, eu posso afirmar com toda certeza que essa ferramenta funciona! 

E como mãe e psicóloga infantil, eu não posso guardar essa descoberta só para mim.

Por meio deste artigo, eu convido você a fazer parte das mais de 11.247 mães e pais que realizaram o programa Linguagem da Obediência e hoje não são mais reféns de gritos para educar os seus filhos.

Grande beijo.

Michelle Bottrel

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Sobre a Michelle

Psicóloga há mais de 13 anos, Michelle também é mãe do Nicholas e do Christian, neuropsicóloga, especialista em educação infantil e membro da sociedade brasileira de psicologia, membro do Instituto de saúde mental infantil canadense e instrutora de certificação com reconhecimento do MEC.

Nos últimos anos, Michelle Bottrel já ajudou mais de 11.247 mães e pais a criar filhos bem-sucedidos.

Michelle Viegas Bottrel Psicóloga e Neuropsicóloga CRP04/46900

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