6 sinais que seu filho precisa ir ao psicólogo infantil

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A decisão de levar ou não uma criança ao psicólogo infantil tem gerado muita discussão. Nos últimos anos, os autodiagnósticos cresceram consideravelmente, assim como a desinformação sobre transtornos mentais.

De um lado, há quem acredite que buscar ajuda profissional é um excesso de zelo. Do outro, há aqueles que minimizam sinais importantes, ignorando dificuldades emocionais e comportamentais que podem impactar o futuro da criança.

Mas, afinal, como saber se seu filho realmente precisa de acompanhamento psicológico?

Neste artigo, vamos explorar como a mente infantil se desenvolve, quais sinais indicam a necessidade de um psicólogo e quais as consequências positivas de iniciar um tratamento no momento certo. Afinal, quanto mais informação tivermos, mais preparados estaremos para oferecer o melhor aos nossos filhos.

Como meu filho pensa?

Antes de decidir se seu filho deve ou não ir ao psicólogo infantil, é essencial entender como o cérebro e o comportamento infantil funcionam. Quando compreendemos o que faz parte do desenvolvimento natural da criança, fica mais fácil diferenciar sinais de alerta de comportamentos normais para a idade.

O que acontece no cérebro infantil?

Nos primeiros anos de vida, o cérebro da criança passa por um crescimento acelerado, formando milhões de conexões neurais. Esse processo, chamado neuroplasticidade, permite que o cérebro se adapte aos estímulos e experiências do ambiente.

🔹 0 a 3 anos – Desenvolvimento rápido da percepção sensorial, linguagem e interação emocional.
🔹 3 a 7 anos – Imaginação e criatividade em alta. O aprendizado ocorre principalmente por meio de brincadeiras, e o pensamento ainda é muito concreto.
🔹 7 a 12 anos – Início do pensamento lógico, maior capacidade de resolver problemas e entender regras sociais.

👉 O córtex pré-frontal, responsável pelo controle das emoções e pela tomada de decisões, ainda é imaturo. Isso explica por que crianças pequenas têm dificuldade em lidar com frustrações e impulsos.

Comportamentos comuns na infância (e que não são motivo de preocupação!)

✅ Egocentrismo até cerca de 7 anos
A criança acredita que o mundo gira ao redor dela. Se os pais estão tristes, pode achar que é culpa dela.

✅ Pensamento concreto até cerca de 10 anos
Crianças entendem as coisas ao pé da letra. Se um adulto diz “vou morrer de tanto trabalhar”, ela pode realmente acreditar nisso.

✅ Imaginação intensa e criatividade
Misturar realidade e fantasia faz parte do desenvolvimento. Muitos acreditam em fadas, monstros e super-heróis como se fossem reais.

✅ Dificuldade em lidar com emoções complexas
Crianças pequenas ainda não sabem lidar bem com frustração ou paciência, o que explica birras e reações exageradas.

✅ Aprendizado pelo exemplo
Elas absorvem comportamentos e atitudes dos pais e cuidadores, imitando o que veem no dia a dia.

Quando se preocupar?

Todos esses comportamentos são normais e fazem parte do desenvolvimento infantil. Se seu filho apresenta algum deles, respire fundo e fique tranquila.

Agora, vamos entender quais sinais indicam que é hora de buscar ajuda profissional e quando o acompanhamento psicológico pode ser essencial para o bem-estar da criança.

6 sinais que seu filho precisa de ajuda.

O desenvolvimento infantil é um terreno fértil para desinformação e preocupações excessivas. Embora existam sinais que indicam a necessidade de um psicólogo infantil, nem todo comportamento diferente é um alerta real. Cada criança tem seu próprio ritmo de crescimento e aprendizado, e o que parece incomum em uma pode ser perfeitamente normal em outra.

Por isso, o que realmente importa é a frequência e a intensidade dos sinais. Se determinados comportamentos ocorrem de forma repetitiva e impactam a rotina da criança, é um indicativo de que pode ser hora de buscar ajuda profissional.

Sinais de alerta no comportamento infantil

Se seu filho apresenta pelo menos quatro desses sinais de forma persistente, um acompanhamento psicológico pode ser necessário:

❌ Atraso significativo na fala ou dificuldade extrema de comunicação
❌ Pouco ou nenhum interesse por interações sociais ou brincadeiras
❌ Crises de raiva constantes e desproporcionais para a idade
❌ Resistência extrema a mudanças na rotina
❌ Comportamentos repetitivos excessivos (como balançar o corpo ou fixação intensa em um único assunto)
❌ Falta de resposta emocional (não demonstrar alegria, tristeza ou empatia)

Quando dificuldades emocionais e comportamentais não são trabalhadas, a criança pode enfrentar problemas cada vez maiores, que impactam o aprendizado, a autoestima e até a vida social. Vamos detalhar melhor no próximo parágrafo. 

O pior que pode acontecer

Quando dificuldades emocionais, cognitivas ou sociais não são tratadas, a criança pode enfrentar desafios cada vez maiores em várias áreas da vida. Com o tempo, isso pode afetar não apenas o comportamento, mas também a forma como ela se relaciona com o mundo.

Os primeiros sinais costumam aparecer de maneira sutil, mas, se ignorados, podem evoluir para problemas mais sérios, como:

🔸 Dificuldade em entender e expressar emoções
🔸 Agressividade ou comportamento explosivo
🔸 Medo excessivo e insegurança
🔸 Baixa autoestima e sensação de incapacidade

Com o tempo, esses desafios podem abrir caminho para transtornos mais graves, como:

❌ Ansiedade – Medo constante de errar, insegurança para interagir com outras pessoas.
❌ Depressão – Falta de motivação, tristeza persistente e isolamento.
❌ Transtornos comportamentais – Explosões de raiva e agressividade descontrolada.
❌ Transtornos alimentares – Uso da comida como refúgio emocional.

As consequências podem ser sérias, mas a boa notícia é que há solução! E eu quero te apresentar uma ferramenta que pode fazer toda a diferença na saúde mental e no desenvolvimento do seu filho. Fique comigo e descubra como ajudar seu pequeno da melhor forma possível.

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Com carinho,
Michelle Bottrel

 

Sobre a Michelle

Neurocientista certificada no Canadá há mais de 14 anos, Michelle também é mãe do Nicholas e do Christian,especialista em educação infantil e membro do Instituto de saúde mental infantil canadense e instrutora de certificação com reconhecimento do MEC.

Nos últimos anos, Michelle Bottrel já ajudou mais de 22.954 mães e pais a criar filhos bem-sucedidos.